A Diretiva Europeia 2013/59/EURATOM, que fixa as normas de segurança de base relativas à proteção contra os perigos resultantes da exposição a radiações ionizantes, veio impor o controlo radiométrico dos materiais de construção, entre os quais os materiais de origem ígnea natural, tais como os granitóides.
Esta Diretiva, que abrange todas as fontes relevantes de radiação, vai exigir uma adaptação de regulamentos, de procedimentos e de equipamentos por parte dos Estados-Membros, mas também por parte da indústria, aos novos padrões de segurança radiológica impostos, implicando ainda a rejeição dos materiais cuja dose efetiva anual exceda o valor de 1 mSv. Imporá, também, uma concentração de radão (ocupacional e habitações) inferior a 300 Bq/m3.
A Diretiva deverá, presumivelmente, entrar em vigor entretanto, uma vez que a data de transposição limite é já neste mês de fevereiro de 2018.
No âmbito do Plano de Ação do Cluster dos Recursos Minerais, a ASSIMAGRA, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a Universidade de Coimbra, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e o ISQ, juntamente com a Associação Cluster dos Recursos Minerais, estão a desenvolver esforços para o surgimento de um projeto que permita definir uma metodologia de caracterização e avaliação do potencial radiométrico dos granitóides produzidos em Portugal e usados em materiais de construção, tendo em vista a certificação ambiental neste âmbito, apoiando as empresas produtoras de granitos na sua resposta às novas exigências comunitárias.