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Recursos Minerais de Portugal

EXPORTAÇÕES DE PEDRA NATURAL CONTINUAM COM CRESCIMENTO MODERADO

Os dados provisórios de agosto de 2023 apontam para um crescimento das exportações, 3,67% acima do mês homólogo de 2022. O setor exportou mais de 342 milhões de euros. A valorização do produto também se destaca pela positiva, voltando a apresentar um crescimento, face ao mesmo período de 2022, ainda que mais baixo que o valor registado em julho, em 4,61%, com registos de exportação para 112 países.

Houve um aumento no volume de negócio mundial, com mais 12 milhões de euros transacionados, que no mesmo período de 2022, impulsionado principalmente pelo aumento nas exportações para fora da União Europeia e também pela significativa expansão no volume de negócios com a OPEP e PALOP. A Europa, no seu conjunto, mantém a tendência de estagnação, com alguns mercados a apresentar grandes variações negativas face ao mesmo período do ano passado.

  • Em relação ao acumulado a agosto de 2023, face ao seu homólogo de 2022, apontam-se as seguintes notas:
    • O mercado mundial teve um aumento, em volume de negócio, de 3,67%, representando um aumento de quase 12 milhões de euros, suportado nos aumentos verificados nos mercados Extra União Europeia;
    • Foram transacionadas menos 12 mil toneladas de produto, -0,89%;
    • O preço médio da tonelada de produto exportado continua com uma variação positiva, verificando-se em agosto mais 4,61% que no período homólogo de 2022. São os mercados externos à União Europeia que sustentam este valor;
    • Foram transacionados menos 1,5 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 37 mil toneladas de produto;
    • Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 9,62% de crescimento, e um aumento de 4,20% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 5,20%;
    • O comércio com países da EFTA registou uma quebra de quase 2 milhões de euros de volume de negócio, representando uma queda de 26,13% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de 34,67%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 13,07%;
    • O comércio com os países da OPEP, regista uma variação positiva de 56,19%, com um aumento da variação de volume de negócio de quase mais 7 milhões de euros, em relação a 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 80,11% de crescimento. A contrapor os dados positivos continua a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 13,28%;
    • Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento, tanto do volume de negócio, como da quantidade de produto exportado, com crescimentos de 19,98% e 4,71%, respetivamente. Estas variações concorrem de forma positiva para um claro aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 14,58%.

Globalmente verifica-se um crescimento no volume de negócio, com uma ligeiríssima diminuição da quantidade de produto exportada, contribuindo genericamente para um aumento do preço por tonelada de produto exportado.

  • Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
    • A França, com um crescimento sólido, continua a liderar como destino da pedra natural portuguesa, apresentando uma variação positiva de 11,52% em volume de negócio, com mais quase 7 milhões de euros exportados. Este crescimento é acompanhado por um aumento mais vincado da quantidade de produto exportado, com mais 30,05%, a que correspondem mais 57 mil toneladas de produto. Apresenta, no entanto, uma sólida quebra de 14,25% no preço médio da tonelada de produto, em linha com os registos da análise dos meses anteriores;
    • A China mantém a segunda posição, com mais 12,18% em volume de negócio, que correspondem a mais 5,5 milhões de euros; mais 9,20% na quantidade de produto exportada, com mais 32 mil toneladas. O preço médio da tonelada de produto exportado, apresenta um crescimento de 2,73%;
    • A Espanha, mantém o 3º lugar, com mais 1,8 milhões de euros de volume de negócios, a que corresponde 4,84% de crescimento, em relação ao mesmo período homólogo de 2022. As quantidades exportadas estão em retração de 10,04%, ou seja, menos 28 mil toneladas. Apresenta uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportado de 16,55%;
    • Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com um aumento do volume de negócio de mais 18,92%, mais 3,6 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 12,14% (menos 2 mil toneladas), a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 35,35% face homólogo de 2022;
    • O mercado alemão, mantendo a 5ª posição, continua a registar indicadores negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado. O volume de negócio, contrai 25,68%, com menos 7 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 32,46%, com menos 45 mil toneladas. Há, no entanto, o registo de um aumento de 10,04% no preço médio da tonelada comercializada;
    • O Reino Unido mantém a 6ª posição, com uma diminuição 5,72% nas transações comerciais, acompanhado de uma variação negativa de 13,92% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 9,52%;
    • A Argélia e Vietnam mostram crescimentos bastante significativos em todos os indicadores, sinalizando-os como mercados não habituais no nosso top 10 de destinos;
    • Sublinha-se o declínio substancial da Alemanha, em praticamente todos os indicadores, o que com o histórico que se tem vindo a verificar durante o primeiro semestre, pela importância do mercado, poderá revelar-se particularmente preocupante;
    • Tanto a França como a Bélgica, apesar do aumento em volume de negócio e quantidades exportadas, há uma quebra acentuada no preço médio praticado.

Este é o melhor mês de agosto do período em análise (2017-2023).

Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.