No âmbito do III WORKSHOP ON HERITAGE STONES, organizado pela International Commission on Geoheritage-Heritage Stones, a ASSIMAGRA, o CLUSTER DOS RECURSOS MINERAIS e a UNIVERSIDADE DE ÉVORA, estão a realizar um estudo com o objetivo de identificar estratégias de comercialização associadas ao reconhecimento de Heritage Stones.
O Global Heritage Stone Resource (GHSR) é uma designação científica criada e gerida pela Heritage Stone Subcommission – HSS (IUGS/IAEG) para melhorar o conhecimento geológico, o uso e a conservação de pedras naturais de importância histórica em todo o mundo.
Até ao momento, existem 32 Heritage Stones classificadas a nível mundial. Portugal tem 3 litologias classificadas pela IUGS (International Union of Geological Sciences), parceira da UNESCO para as áreas relacionadas com a Geociências.
As Heritage Stones de Portugal são: o Lioz, o Mármore de Estremoz e a Brecha da Arrábida (https://iugs-geoheritage.org/designations-stones/).
Uma Heritage Stone (HS) é, de acordo com o IUGS, “uma rocha que tem sido utilizada em arquitetura e monumentos significativos, reconhecida como parte integrante da cultura humana”.
Sabemos que quando o Património Cultural é reconhecido como Património Mundial pela UNESCO, as visitas e todo o Marketing Turístico envolvente aumentam exponencialmente. O reconhecimento de um local Património Mundial da UNESCO normalmente tem impactos significativos na economia local e regional, não só pela via de receitas do turismo, mas também, na disponibilização de recursos para a preservação e recuperação e infraestruturas envolventes.
O reconhecimento” das pedras” pode oferecer oportunidades tanto na preservação de monumentos, como para fins comerciais.
Em relação às Pedras, consideradas património, existe a nível Mundial uma discussão sobre o tratamento deste reconhecimento, se deverá ou não ficar na esfera científica, proteção de origem (em alguns casos, onde a industrialização pode levar à sua extinção), e questões de restauro e conservação dos bens edificados.
Se por um lado existem litologias reconhecidas, mas que não podem ser exploradas, como o caso da Brecha da Arrábida, por se encontrar no Parque Natural da Arrábida (criado em 1971), existem outras, cuja exploração e transformação têm valor económico e que são exportadas para todo o Mundo, como o caso do Mármore de Estremoz e o calcário de Lioz.
E sendo 2 litologias reconhecidas como Heritage Stone, os autores deste artigo, têm como objetivos:
· perceber como é que o Heritage Stone pode contribuir para as Estratégias de Comercialização?
· perceber como se pode/deve disseminar de forma sustentável as Heritage Stones: Lioz e Mármore de Estremoz.
Neste âmbito, solicita-se colaboração para este estudo, através do preenchimento de um breve questionário.