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2024 INICIA COM QUEBRA NAS EXPORTAÇÕES DE PEDRA NATURAL

 

Foram publicamos em março, pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, os dados das exportações relativas ao mês de janeiro de 2024, que, apesar de ainda serem provisórios, apontam para uma quebra significativa das exportações, quando comparadas com o mês homólogo de 2023. O setor exportou 33,5 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 129 mil toneladas de produto. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2023, de 7,25%, com registos de exportação para 70 países.

Houve uma retração no volume de negócio mundial, de menos 5,3 milhões de euros transacionados que em janeiro de 2023, fortemente condicionados pela retração do volume de exportações para os países da União Europeia, mas também, ainda que com menor intensidade para os países Extra União Europeia. A Europa, apresenta valores de retração, de -18,55%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. A leitura dos dados macro indica uma tendência negativa nos comportamentos dos diversos mercados globais, com forte retração em alguns países europeus, nomeadamente a Alemanha, o Reino Unido e a Bélgica.

Apontam-se as seguintes notas:

  • O mercado mundial teve uma retração, em volume de negócio, de 13,65%, com menos 5,2 milhões de euros em volume de negócio. Verifica-se também uma redução da quantidade de produto exportado de menos 31 mil toneladas, -19,48%, o que contribuiu para uma taxa de valorização do produto em 7,25% face ao mesmo período de 2023;
  • Foram transacionados menos 4,1 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 13,3 mil toneladas de produto;
  • Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se também uma diminuição do volume de negócio com -7,04%, e um decréscimo de -27,08% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 27,48%;
  • O comércio com países da EFTA registou uma quebra de 264 mil euros, representando uma queda de -37,30% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de -65,45%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 81,47%;
  • O comércio com os países da OPEP, regista também uma variação negativa de -5,01%, acompanhada de uma diminuição da quantidade de produto exportado, com -28,97%. Verifica-se no entanto um crescimento na valorização do preço médio da tonelada de produto, com um aumento de 33,74%;
  • Em relação aos PALOP, regista-se um aumento do volume de negócio, de 21,15%, com uma quebra na quantidade de produto exportado de -7,55%. Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 31,05%.

Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:

  • França ocupa o 1º lugar como mercado destino. Apresenta, no entanto, uma quebra generalizada nos indicadores, à exceção da quantidade de produto exportada. Verifica-se uma contração de -8,05% (menos 675 mil euros) no volume de negócio, acompanhada por uma desvalorização do preço médio da tonelada de produto com -11,85%, sustentada no aumento da quantidade de produto comercializada, a qual aumenta 4,30%, com mais 1400 toneladas;
  • A China, mantém a 2ª posição, apresentando uma quebra de 438 mil euros (-8,99%). O preço por tonelada de produto aumentou 14,95% face a 2023, sustentada na diminuição da quantidade de produto exportada com menos 8,1 mil toneladas (-20,83%);
  • Espanha ocupa a 3ª posição com menos 532 mil euros em volume de negócio (-13,47%) e uma redução de -24,15% na quantidade de produto (-7,3 mil toneladas). Este mercado regista também um acréscimo do preço por tonelada de produto de 14,08%;
  • Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com uma quebra de 13,31%, a que correspondem menos 400 mil euros de volume de negócio. Foram transacionadas menos 289 toneladas de produto, com um aumento na valorização do produto de 8,07%;
  • O Reino Unido ocupa a 5ª posição, com uma diminuição 16,97% nas transações comerciais, acompanhado de uma variação negativa de 30,10% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 18,78%;
  • A 6ª posição é atualmente ocupada pelo Vietname, que, a par dos Países Baixos e Dinamarca, apresenta um aumento no volume de negócio, com mais 269,92% (mais 1,3 milhões de euros) e mais 458 toneladas de produto exportado (+59,62%). Apresenta também uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportada, com mais 131,75%;
  • A Alemanha cai para 7º lugar, com indicadores fortemente negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado, 32,20% de aumento. O volume de negócio, contrai 56,68%, com menos 1,4 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 67,23%, com menos 7,6 mil toneladas que o verificado no mesmo período de 2023.

A performance de janeiro de 2024 fica abaixo da registada no homólogo de 2023.

Para mais detalhes, descarregue o Boletim Anual da Estatística do Comércio internacional.