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Portuguese Mineral Resources

A RESILIÊNCIA DA PEDRA NATURAL PORTUGUESA NUM MERCADO CONTURBADO

Com os dados de dezembro de 2023, fecha-se o ano comercial e civil de 2023. Ainda que provisórios, os dados apontam uma estagnação das exportações, a recuarem 0,04% face a 2022. O setor exportou quase 488 milhões de euros. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2022, de 5,24%, com registos de exportação para 121 países.

Houve uma retração no volume de negócio mundial, de menos 219 mil euros transacionados que em 2022, condicionado pela retração do volume de exportações para os países da União Europeia e EFTA. De facto, a Europa, no seu conjunto, apresenta valores de retração, -6,65%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. A leitura dos dados macro indica uma tendência mista nos comportamentos dos diversos mercados globais, com forte retração em alguns países europeus, nomeadamente a Alemanha, o Reino Unido e a Suécia.

Apontam-se as seguintes notas:

  • O mercado mundial teve uma retração, em volume de negócio, de 6,65%, com menos 219 mil euros em volume de negócio, condicionado pela retração do volume de exportações para os países da União Europeia e EFTA. Verifica-se também uma redução da quantidade de produto exportado demenos 100.000 toneladas o que contribuiu claramente para uma taxa de valorização do produto em 5,24% face a 2022;
  • Foram transacionados menos 18,6 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 142 mil toneladas de produto;
  • Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 8,84% de crescimento, e um aumento de 5,36% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 5,86%;
  • O comércio com países da EFTA registou uma quebra de 3 milhões de euros de volume de negócio, representando uma queda de -25,51% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de 31,04%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 8,02%;
  • O comércio com os países da OPEP, regista uma variação positiva de 32,11%, com um aumento da variação de volume de negócio de 7 milhões de euros, em relação a 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 35,57% de crescimento. Continua a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 2,55%;
  • Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento do volume de negócio, em 2,53%, com uma quebra na quantidade de produto exportado de -0,69%. Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 3,24%.

Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:

  • França, termina o ano, como é habitual, em 1º lugar, com um aumento de volume de negócio de mais de 5,7 milhões de euros (+6,38%), com um aumento significativo de 16,10% na quantidade de produto exportado. Contudo o preço médio por tonelada de produto exportado cai -8,37%;
  • A China, mantém a 2ª posição, tem um aumento de 10,8 milhões de euros em volume de negócio (+18,26%). O preço por tonelada de produto aumentou 1,93% face a 2022;
  • Espanha ocupa a 3ª posição com um ligeiro aumento, com mais 55 mil euros em volume de negócio e uma redução de -15,57% na quantidade de produto. Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 18,56%;
  • Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com um aumento do volume de negócio de mais 5,54%, mais 1,7 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 15,31% (menos 3,5 mil toneladas), a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 24,61% face a 2022;
  • A Alemanha, mantendo a 5ª posição, fechou o ano em linha com o comportamento que se vinha a verificar desde março, com indicadores fortemente negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado, 10,80% de aumento. O volume de negócio, contrai 29,56%, com menos 11,7 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 36,43%, com menos 70,1 mil toneladas a menos que o verificado em 2022;
  • O Reino Unido ocupa a 6ª posição, com uma diminuição 11,88% nas transações comerciais, acompanhado de uma variação negativa de 23,28% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 14,85%;
  • A 7ª posição é atualmente ocupada pelo Vietname, com um aumento de 14,8 milhões de euros em volume de negócio, um aumento de 438,02% face a 2022, acompanhado de um aumento na quantidade de produto exportado de 187,80% e uma valorização do preço médio da tonelada de produto de 86,94%.

A performance de dezembro de 2023 fica abaixo da registada no homólogo de 2022. É preciso voltar a 2019, para encontrar valores de desempenho de um mês de dezembro com alguma semelhança aos de 2023.

Para mais detalhes, descarregue o Boletim Anual da Estatística do Comércio internacional.