O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, defendeu hoje a necessidade de “promover uma responsabilidade cultural dos privados”, apelando a um “maior envolvimento” da parte desses agentes económicos como forma de “diferenciar a economia portuguesa”.
“Nós precisamos de promover mais a relação entre a cultura e a economia portuguesa e promover uma responsabilidade cultural dos privados, trazer os privados para a cultura”, declarou Pedro Adão e Silva no museu dos Coches, em Lisboa, no âmbito da cerimónia de encerramento da exposição “Primeira Pedra”, em que também participou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Adão e Silva defendeu que é necessário haver “mais privados envolvidos na cultura”, e salientou que o Governo tem uma “autoridade maior, neste momento, para apelar a esse maior envolvimento”, tendo em conta que o Estado está a “investir mais na cultura”.
“Nós precisamos mais disso, e isso é uma forma de também internacionalizar e diferenciar a economia portuguesa. (…) Essa aposta na diferenciação, na articulação entre a indústria, o ‘design’, as artes visuais, a arquitetura, julgo que é uma aposta de sucesso, transformadora da identidade das empresas, mas também transformadora e modernizadora da cultura portuguesa”, referiu.
A exposição “Primeira Pedra”, que fecha ao público este domingo, juntou 77 obras originais de vários artistas portugueses e internacionais, como Ai Weiwei, Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura ou Vhils.
Segundo um comunicado da Assimagra, a exposição permitiu convocar “o tecido económico e o setor cultural – a arquitetura, o ‘design’ e as artes plásticas – reunindo 36 autores de 14 países e 28 empresas nacionais em torno da pedra portuguesa”, com obras produzidas em mármore, calcário, granito, xisto e ardósia.
In: SAPO24