Os dados provisórios de novembro de 2023 apontam uma quase estagnação das exportações, com 0,59% de crescimento quando comparado com o mês homólogo de 2022. O setor exportou mais de 458 milhões de euros. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2022, de 5,29%, com registos de exportação para 119 países.

Houve um aumento no volume de negócio mundial, com mais 2,6 milhões de euros transacionados, que no mesmo período de 2022, impulsionado pelo aumento nas exportações para fora da União Europeia e também pela substancialmente significativa expansão no volume de negócios com a OPEP. A Europa, no seu conjunto, apresenta neste mês valores de retração, -5,81%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. A leitura dos dados macro indica uma tendência mista nos comportamentos dos diversos mercados globais, com forte retração em alguns países europeus, nomeadamente a Alemanha, o Reino Unido e a Suécia.

Em relação ao acumulado a novembro de 2023, face ao seu homólogo de 2022, apontam-se as seguintes notas:

• O mercado mundial teve um aumento, em volume de negócio, de 0,59%, representando um aumento de mais de 2,6 milhões de euros, suportado nos aumentos verificados nos mercados Extra União Europeia, verificando-se uma contração do mercado europeu de -5,81%;
• Foram transacionadas menos 83,5 mil toneladas de produto, -4,47%;
• O preço médio da tonelada de produto exportado continua com uma variação positiva, verificando-se em setembro mais 5,29% que no período homólogo de 2022;
• Foram transacionados menos 15,2 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos quase 121 mil toneladas de produto;
• Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 9,30% de crescimento, e um aumento de 5,18% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 3,91%;
• O comércio com países da EFTA registou uma quebra de 3 milhões de euros de volume de negócio, representando uma queda de -28,85% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de 39,14%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 16,91%;
• O comércio com os países da OPEP, regista uma variação positiva de 40,17%, com um aumento da variação de volume de negócio de quase 8 milhões de euros, em relação a 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 56,78% de crescimento. Continua a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 10,59%;
• Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento do volume de negócio, em 3,31%, com uma quebra na quantidade de produto exportado de -2,66%. Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 6,14%.

Globalmente verifica-se um muito ligeiro crescimento no volume de negócio, com uma diminuição da quantidade de produto exportada, contribuindo genericamente para um aumento do preço por tonelada de produto exportado.

Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:

• França, continua em 1º lugar, com um aumento de volume de negócio de mais de 6 milhões de euros (+7,93%), com um aumento significativo de 17,41% na quantidade de produto exportado. Contudo o preço médio por tonelada de produto exportado cai -8,07%;
• A China, que ocupa a 2ª posição, tem um aumento de 9,8 milhões de euros em volume de negócio (+17,69%). O preço por tonelada de produto está a aumentar 2,36% de acréscimo face ao homólogo de 2022;
• Espanha, na 3ª posição com um ligeiro aumento, com mais 300 mil euros em volume de negócio, mas uma redução de -14,24% na quantidade de produto. Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 17,31%;
• Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com um aumento do volume de negócio de mais 9,85%, mais 2,6 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 15,11% (menos 3,2 mil toneladas), a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 29,40% face homólogo de 2022;
• A Alemanha, mantendo a 5ª posição, continua a registar indicadores negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado, 10,76% de aumento. O volume de negócio, contrai 28,43%, com menos 10,6 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 35,38%, com menos 65,3 mil toneladas a menos que no mesmo período de 2022;
• O Reino Unido mantém a 6ª posição, com uma diminuição 11,26% nas transações comerciais, acompanhado de uma variação negativa de 22,60% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 14,65%;
• A 7ª posição é atualmente ocupada pelo Vietname, com um aumento de 13,5 milhões de euros em volume de negócio, um aumento de 424,34% face ao homólogo de 2022, acompanhado de um aumento na quantidade de produto exportado de 225,40% e uma valorização do preço médio da tonelada de produto de 61,14%.

A performance de novembro de 2023 fica abaixo da registada no homólogo de 2022.

Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.