Os dados provisórios de setembro de 2023 apontam para um crescimento das exportações, 2,75% acima do mês homólogo de 2022. O setor exportou mais de 380 milhões de euros. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2022, de 5,18%, com registos de exportação para 114 países.
Houve um aumento no volume de negócio mundial, com mais 10 milhões de euros transacionados, que no mesmo período de 2022, impulsionado principalmente pelo aumento nas exportações para fora da União Europeia e também pela significativa expansão no volume de negócios com a OPEP e PALOP. A Europa, no seu conjunto, mantém a tendência de estagnação, com alguns mercados a apresentar grandes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. A leitura dos dados macro indica uma tendência bastante mista nos comportamentos dos diversos mercados glovais.
Em relação ao acumulado a setembro de 2023, face ao seu homólogo de 2022, apontam-se as seguintes notas:
- O mercado mundial teve um aumento, em volume de negócio, de 2,75%, representando um aumento de mais de 10 milhões de euros, suportado nos aumentos verificados nos mercados Extra União Europeia, verificando-se uma contração do mercado europeu de 2,08%;
- Foram transacionadas menos quase 36 mil toneladas de produto, -2,31%;
- O preço médio da tonelada de produto exportado continua com uma variação positiva, verificando-se em setembro mais 5,18% que no período homólogo de 2022. São os mercados externos à União Europeia que sustentam maioritariamente este valor;
- Foram transacionados menos 4,4 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 53 mil toneladas de produto;
- Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 9,21% de crescimento, e um aumento de 2,72% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 6,32%;
- O comércio com países da EFTA registou uma quebra de quase 2,5 milhões de euros de volume de negócio, representando uma queda de -28,80% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de 40,51%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 16,69%;
- O comércio com os países da OPEP, regista uma variação positiva de 48,96%, com um aumento da variação de volume de negócio superior a 7 milhões de euros, em relação a 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 70,54% de crescimento. Continua a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 12,65%;
- Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento, tanto do volume de negócio, como da quantidade de produto exportado, com crescimentos de 16,14% e 2,61%, respetivamente. Estas variações concorrem de forma positiva para um claro aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 13,19%.
Globalmente verifica-se um crescimento no volume de negócio, com uma ligeira diminuição da quantidade de produto exportada, contribuindo genericamente para um aumento do preço por tonelada de produto exportado.
Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
- França, continua em 1º lugar, com um aumento de 6,7 milhões de euros, com um aumento significativo de 25,44% na tonelagem. Contudo o preço médio por tonelada de produto exportado cai 12,39%;
- A China, que ocupa a 2ª posição, tem um aumento de €5,5 milhões de euros em volume de negócio. O preço por tonelada de produto está a aumentar, ainda que ligeiramente com 1,68% de acréscimo face ao homólogo de 2022;
- Espanha, na 3ª posição com um ligeiro aumento, com mais 1 milhão de euros em volume de negócio, mas uma redução de 11,79% na quantidade de produto. Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 16,16%;
- Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com um aumento do volume de negócio de mais 15,35%, mais 3,3 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 16,52% (menos 3 mil toneladas), a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 38,17% face homólogo de 2022;
- A Alemanha, mantendo a 5ª posição, continua a registar indicadores negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado. O volume de negócio, contrai 26,15%, com menos 8 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 32,54%, com menos 49 mil toneladas. Há, no entanto, o registo de um aumento de 9,47% no preço médio da tonelada comercializada;
- O Reino Unido mantém a 6ª posição, com uma diminuição 10,20% nas transações comerciais, acompanhado de uma variação negativa de 18,33% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 9,94%;
- A 7ª posição é atualmente ocupada pelo Vietname, com um aumento de 10,8 milhões de euros em volume de negócio, um aumento de 530,57% face ao homólogo de 202, acompanhado de um aumento na quantidade de produto exportado de 244,12% e uma valorização do preço médio da tonelada de produto de 83,24%.
A performance de setembro de 2023 fica ligeramente abaixo da registada no homólogo de 2022.
Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.