A fechar o primeiro semestre de 2023, os dados provisórios de junho de 2023 apontam para um crescimento das exportações. O setor exportou quase 265 milhões de euros, com um crescimento de volume de negócio internacional de 5,28% quando comparado com o mesmo semestre de 2022. A valorização do produto também se destaca pela positiva, voltando a apresentar um crescimento, face a 2022, em 7,89%, com registos de exportação para 110 países.
Houve um aumento significativo no volume de negócio mundial, com um crescimento de 5,28% em relação a 2022, subindo de 251 para praticamente 265 milhões de euros, impulsionado principalmente pelo aumento nas exportações para fora da União Europeia e também pela significativa expansão no volume de negócios com a OPEP. Ainda assim, é importante notar que houve uma queda no volume de negócio com os países da EFTA. Os preços por tonelada também observaram variações, sendo relevante o crescimento nos preços por tonelada no mercado mundial e em concreto com os PALOP, com crescimentos de 7,89% e 11,98%, respetivamente, enquanto se registou uma diminuição nos preços por tonelada nas transações com os países da OPEP.
Em relação ao acumulado a junho de 2023, face ao seu homólogo de 2022, aponta-se o seguinte:
- O mercado mundial teve um aumento, em volume de negócio, de 5,28%, representando um aumento superior a 13 milhões de euros, principalmente devido ao aumento do mercado da Extra União Europeia;
- Foram transacionadas menos 26 mil toneladas de produto, -2,42%;
- O preço médio da tonelada de produto exportado continua com uma variação positiva, verificando-se em junho mais 7,89% que no semestre homólogo de 2022. São os mercados externos à União Europeia que mais sustentam este valor;
- Foram transacionados quase mais 3 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 17 mil toneladas de produto, o que correspondeu a um aumento de 2,28% no volume de negócio e uma queda de 2,78% nas toneladas de produto exportado. Regista-se um aumento de 5,20% no preço médio por tonelada de produto exportado;
- Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 9,29% de crescimento, e uma quebra de 1,92% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 11,43%;
- O comércio com países da EFTA registou uma quebra superior a 1 milhão de euros de volume de negócio, representando uma queda de 18,60% em relação ao semestre homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra equivalente de 19,61%, para a qual concorre um ténue crescimento do preço médio da tonelada em 1,26%;
- O comércio com os países da OPEP, regista uma variação positiva de 73,69%, com um aumento da variação de volume de negócio superior a 7 milhões de euros, em relação a 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 89,44% de crescimento. A contrapor os dados positivos está a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 8,31%;
- Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento, tanto do volume de negócio, como da quantidade de produto exportado, com crescimentos de 17,97% e 5,35%, respetivamente. Estas variações concorrem de forma positiva para um claro aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 11,98%.
Globalmente verifica-se um crescimento no volume de negócio, com uma diminuição da quantidade de produto exportada, contribuindo genericamente para um aumento do preço por tonelada de produto exportado. Verifica-se um maior crescimento nos mercados fora da união Europeia
Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
- A França continua a liderar como destino da pedra natural portuguesa, apresentando uma variação positiva de 14,59% em volume de negócio, com mais quase 7 milhões de euros exportados. Este crescimento é acompanhado por um aumento mais vincado da quantidade de produto exportado, com mais 34,19%, a que correspondem mais 50 mil toneladas de produto. Apresenta, no entanto, uma quebra de 14,61% no preço médio da tonelada de produto, em linha com os registos da análise do mês passado;
- A China mantém a segunda posição, contudo, com contrações em todos quase todos indicadores, mas a apresentar dados que poderão apontar para alguma estabilização: -0,01% em volume de negócio e menos 2,1 milhões de euros; -2,20% na quantidade de produto exportada, menos 6 mil toneladas. O preço médio da tonelada de produto exportado, contraria os restantes indicadores, com um crescimento de 2,24%, mantendo-se em linha com os registos que se tem observado durante o primeiro semestre;
- A Espanha, mantém o 3º lugar, com crescimento de 7,06% em volume de negócio, com quase 2 milhões de euros de volume de negócio, mas com -7,05% na quantidade de produto exportado, o que corresponde a menos 15 mil toneladas. Apresenta uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportado superior a 15%;
- Os Estados Unidos mantêm a 4ª posição, com um aumento do volume de negócio de quase 19%, mais 2,6 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 11,03% (menos mil toneladas), a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 33,69% face ao semestre homólogo de 2022;
- O mercado alemão, mantendo a 5ª posição, continua a registar indicadores negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado. O volume de negócio, contrai 24,15%, com menos 5 milhões de euros transacionados. A maior quebra continua a ser registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 36%, com menos 40 mil toneladas. Há, no entanto, o registo de um aumento de 18,52% no preço médio da tonelada comercializada;
- O Reino Unido mantém a 6ª posição, com um aumento de 3,20% nas transações comerciais e uma variação negativa de 7,40% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto de 11,44%;
- A Argélia e Vietnam mostram crescimentos bastante significativos em todos os indicadores, sinalizando-os como mercados não habituais no nosso top 10 de destinos;
- Sublinha-se o declínio substancial da Alemanha, em praticamente todos os indicadores, o que com o histórico que se tem vindo a verificar durante o primeiro semestre, pela importância do mercado, poderá revelar-se particularmente preocupante;
- Tanto a França como a Bélgica, apesar do aumento em volume de negócio e quantidades exportadas, há uma quebra acentuada no preço médio praticado.
Este é o melhor mês de junho do período em análise (2017-2023), .
Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.