Os dados provisórios de maio de 2023 apontam para um crescimento das exportações. O setor exportou mais de 220 milhões de euros, com um crescimento de volume de negócio internacional de 4,11% quando comparado com o homólogo de 2022. A valorização do produto também se destaca pela positiva, voltando a apresentar um crescimento, face ao mesmo mês de 2022, em 12,44%, com registos de exportação para 104 países.
Houve um aumento significativo no volume de negócio mundial, impulsionado principalmente pelo aumento nas exportações para fora da União Europeia e também pela significativa expansão no volume de negócios com a OPEP. Ainda assim, é importante notar que houve uma queda no volume de negócio e nas exportações dentro da União Europeia e com a EFTA. Para além disso, os preços por tonelada também observaram variações, sendo relevante o crescimento nos preços por tonelada no mercado mundial e com a OPEP, enquanto se registou uma diminuição nos preços por tonelada nas transações com os países da EFTA. No caso dos PALOP, houve um crescimento significativo tanto no volume de negócio como nos preços por tonelada.
Em relação ao acumulado a maio de 2023, face ao seu homólogo de 2022, aponta-se o seguinte:
- O mercado mundial teve um aumento, em volume de negócio, de 4,11%, representando um aumento superior a 8 milhões de euros, principalmente devido ao aumento do mercado da Extra União Europeia;
- Foram transacionadas menos 70 mil toneladas de produto, -7,41%;
- O preço médio da tonelada de produto exportado continua com uma variação positiva, verificando-se em maio mais 12,44% que o seu homólogo de 2022. São os mercados externos à União Europeia que mais sustentam este valor;
- Foram transacionados quase mais 2 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 41 mil toneladas de produto, o que correspondeu a um aumento de 1,58% no volume de negócio e uma queda de 8,46% nas toneladas de produto exportado. Regista-se um aumento de 10,97% no preço médio por tonelada de produto exportado;
- Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se um aumento do volume de negócio com 7.51% de crescimento, e uma quebra de 5,90% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 14,25%;
- O comércio com países da EFTA registou uma quebra superior a 600 mil euros de volume de negócio, representando uma queda de 15,39% em relação ao homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra equivalente de 15,56%, para a qual concorre um ténue crescimento do preço médio da tonelada em 0,20%;
- O comércio com os países da OPEP, mantendo a tendência dos dados do mês passado, regista uma variação positiva de 77,30%, com um aumento da variação de volume de negócio superior a 6 milhões de euros, em relação seu homólogo de 2022. O aumento da quantidade de produto exportado regista também um aumento, com 89,01% de crescimento. A contrapor os dados positivos está a desvalorização do preço médio da tonelada de produto, com uma contração de 6,20%;
- Quando analisados os dados dos PALOP, regista-se um aumento, tanto do volume de negócio, como da quantidade de produto exportado, com crescimentos de 20,55% e 4,00%, respetivamente. Estas variações concorrem de forma positiva para um claro aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 15,91%.
Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos ao países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
- A França continua a liderar como destino da pedra natural portuguesa, apresentando uma variação positiva de 13,65% em volume de negócio, com mais 5 milhões de euros exportados. Este crescimento é acompanhado por um aumento mais vincado da quantidade de produto exportado, com mais 29,48%, a que correspondem mais 228 mil toneladas de produto. Apresenta, no entanto uma quebra de 12,22% no preço médio da tonelada de produto, em linha com os registos da análise do mês passado;
- A China mantém a segunda posição, contudo, com contrações em todos quase todos indicadores: -9,20% em volume de negócio e menos 2,9 milhões de euros; 10,18% na quantidade de produto exportada, menos 26 mil toneladas. Contudo, em comparação com os registos do mês passado, verifica-se uma tendência de recuperação. Já o preço médio da tonelada de produto exportado, contraria os restantes indicadores, com um crescimento de 1,08%, mantendo-se em linha com os registos que se tem observado desde o início do ano;
- A Espanha, mantém o 3º lugar, no entanto, tal como a China, apresenta também quebras em quase todos os indicadores: -1,21% em volume de negócio, com menos quase 300 mil euros de quebra; -12,25% na quantidade de produto exportado, com menos 23 mil toneladas. Existe, no entanto, uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportado superior a 12%;
- Os Estados Unidos mantém a 4ª posição, ganha nos registos relativos ao mês de abril de 2023, com um aumento do volume de negócio superior a 26%, mais 3 milhões de euros negociados, com uma quebra na quantidade de produto exportado de 4,63%%, a qual concorre para um reflexo positivo na valorização do produto, com um aumento de 32,56% face ao seu homólogo de 2022;
- O mercado alemão, mantendo a 5ª posição, regista indicadores negativos, com exceção para o preço médio da tonelada de produto comercializado. O volume de negócio, contrai 25,75%, com menos 4,5 milhões de euros. Mas a maior quebra é registada nas quantidades de produto exportado, com uma queda de 41,46% face a maio de 2022, com menos 40 mil toneladas. Há, no entanto, o registo de um aumento de 26,84% no preço médio da tonelada comercializada;
- O Reino Unido mantém a mesma posição da análise do mês passado (6º lugar), com um aumento de 7,33% nas transações comerciais e uma variação negativa de 2,64% nas quantidades de produto exportado. Aponta-se ainda uma valorização do produto, quase na casa dos 10,24%.
- Quase a fechar o primeiro semestre, apontam-se ainda, a entrada de alguns países, não habituais, no nosso top 10 de destinos, como é o caso do Vietnam e da Argélia.
Este é o melhor mês de maio do período em análise (2017-2023), .
Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.