Dados de exportação do primeiro trimestre do Setor revelam uma quebra acentuada, quando comparada com a média nacional.
Os dados a seguir apresentados incluem já a situação de Março, quando o país entrou no Estado de Emergência Nacional.
As quebras verificadas, a esta data, são já expressivas, até quando comparadas com a as exportações nacionais, que se situaram em torno dos 13% de quebra. O nosso setor apresenta uma quebra no volume de negócios de exportação na ordem dos 17%, quando comparada com 2019. Esta quebra representa cerca de menos 18 milhões de euros de volume de negócio (10,5 na extração e 7,7 na transformação), quando comparada com o mês de Março de 2019. Já os dados referentes às quantidades exportadas apresentam uma quebra mais substancial, na ordem dos 27%, o que indica um aumento líquido da valorização dos nossos produtos. Efetivamente existe, em média, um aumento de 11,65% nos preços/ton exportada, para aquilo que são os países do nosso top 10 de destinos de exportação.
A França e China, os nossos dois principais mercados destino, continuam a liderar as quebras, de forma expressiva. O maior mercado Português para produto transformado, França, apresenta quebras de volume de negócio na ordem dos 29%, com menos 43 mil toneladas, o que corresponde a sensivelmente menos 7 milhões de euros, enquanto que o maior mercado Português para produto não transformado, China, apresenta quebras de volume de negócio na ordem dos 41% – Menos 107 mil toneladas, com cerca de menos 8 milhões de euros.
Relativamente à China há também dados curiosos, uma vez que este mercado apresenta um crescimento, enorme, no que diz respeito à exportação de produto transformado, com mais de 1 milhão de euros de volume de negócio, o que corresponde a um crescimento de mais de 300%, quando comparado com o mês homólogo de 2019.
Um dos países que, apesar de não estar no nosso top 5, mas que apresenta quebras significativas é os Estados Unidos da América, com uma quebra de quase 24% em volume de negócio, correspondente a sensivelmente menos 1,5 milhões de euros. Esta quebra está muito focada nos produtos acabados, sendo que até se verifica um ligeiro aumento de volume de negócios nos produtos não transformados, o que em muito justifica a enorme variação verificada nos preços por tonelada exportada, que caíram mais de 28%.
A Espanha, o nosso terceiro país destino das exportações, apesar de apresentar quebras no que toca a produtos não transformados, apresenta um incremento no volume de negócios dos produtos acabados, em todo equivalente à quebra verificada nos primeiros, pelo que, genericamente, encontra-se estabilizado, em relação à mesma data de 2019. Em linha com os aumentos generalizados de preço por tonelada vendida, este apresenta um crescimento na valorização dos produtos de quase 3,5%.
Durante o próximo mês já vamos ter dados referentes a Abril e, com isso, conseguir avaliar com mais propriedade, aquilo que está a ser o impacto a muito curto prazo deste atual contexto pandémico.
Pode descarregar aqui o ficheiro com a Estatística Mensal.