Os dados provisórios que fecham o primeiro trimestre de 2024, apontam queda nas exortações de pedra natural portuguesa, quando comparado com o homólogo de 2023. O setor exportou 109 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 417 mil toneladas de produto. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2023, de 3,00%, com registos de exportação para 111 países.
Houve uma retração no volume de negócio mundial, de menos 22 milhões de euros transacionados em relação ao acumulado de março de 2023, fortemente condicionados pela retração do volume de exportações para os países da União Europeia. A Europa, apresenta valores de retração, de -22,37%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. Até o mercado extra União Europeia apresenta uma retração de -9,56%, a que correspondem menos 5,5 milhões de euros transacionados. A leitura dos dados macro indica uma tendência negativa nos comportamentos dos diversos mercados globais, com fortes retrações na maioria dos 10 destinos cimeiros da pedra natural portuguesa. Há, no entanto, algumas exceções, como são o caso do Vietname e Koweit.
Apontam-se as seguintes notas:
- O mercado mundial teve uma retração, em volume de negócio, de -16,81%%, com menos 22 milhões de euros em volume de negócio. Verifica-se também uma redução da quantidade de produto exportado de menos 99 mil toneladas, -19,23%, o que contribuiu para uma taxa de valorização do produto em 3,00% face ao mesmo período de 2023;
- Foram transacionados menos 16,6 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos quase 67 mil toneladas de produto. O preço médio da tonelada de produto cai 0,98%;
- Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se também uma retração do volume de negócio de -9,56%, e um decréscimo de -15,67% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 7,24%;
- O comércio com países da EFTA registou uma quebra de 850 mil euros, representando uma queda de -37,24% em relação ao período homólogo do ano anterior. Também na quantidade de produto exportado se regista uma quebra de -60,52%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 58,97%;
- O comércio com os países da OPEP, regista uma variação negativa de -17,33%, também acompanhada de decréscimo da quantidade de produto exportado, com -20,29%. Estes dados são acompanhados de um crescimento na valorização do preço médio da tonelada de produto de 3,71%;
- Em relação aos PALOP, regista-se uma diminuição do volume de negócio, de -20,71% (menos 265 mil euros), e uma quebra na quantidade de produto exportado de -29,50% (-724 toneladas). Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 12,47%.
Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
- França ocupa o 1º lugar como mercado destino. Apresenta, no entanto, uma quebra generalizada nos indicadores, à exceção da valorização do produto. Verifica-se uma contração de -3,58% (menos 939 mil euros) no volume de negócio, acompanhada por uma valorização do preço médio da tonelada de produto com 0,85%, sustentada na quebra da quantidade de produto comercializada, a qual retrai -4,40%, com menos 4,4 mil toneladas;
- A China, mantém a 2ª posição, apresentando menos 1 milhão de euros de volume de negócio, quando comparado com o homólogo de 2023 (-6,79%), no volume de negócio. Os restantes indicadores acompanham também a retração verificada no volume de negócio, com menos 7 mil toneladas comercializadas (-6,05%). O indicador que menos retrai é o valor médio da tonelada comercializada, com -0,78%, face ao mesmo período de 2023;
- Espanha, que ocupa a 3ª posição, apresenta menos 2,5 milhões de euros em volume de negócio (-16,97%) e uma redução de -23,24% na quantidade de produto (menos 23 mil toneladas). Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 8,16%;
- O Vietname ocupa atualmente a 4ª posição, com um aumento no volume de negócio de mais 3,5 milhões de euros face ao mesmo período de 2023 (114,47%) e mais 1309 toneladas de produto exportado (35,55). Este mercado apresenta também uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportada, com mais 58,23%;
- Os Estados Unidos mantém a 5ª posição, com uma quebra de -27,14%, a que correspondem menos 2,5 milhões de euros em volume de negócio. Foram transacionadas menos 1450 toneladas de produto, com uma diminuição da valorização do produto de -0,17%;
- O Reino Unido cai para a 6ª posição, com, com uma diminuição -22,58% nas transações comerciais (menos 1,8 milhões de euros), acompanhado também por uma variação negativa de -33,98% nas quantidades de produto exportado (menos 7500 toneladas). Aponta-se, no entanto, uma valorização do produto de 17,26%;
- A Alemanha mantém o 7º lugar, com indicadores fortemente negativos. O volume de negócio, contrai -52,91%, com menos 4 milhões de euros transacionados. A quebra na quantidade de produto exportado acompanha a do volume de negócio, com menos -48,30% (menos 15,5 mil toneladas).
O desempenho de março de 2024 fica abaixo da registada no homólogo de 2023, e inclusive de 2022.
Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.