Os dados provisórios do mês de setembro de 2024, apontam para uma relativa estabilização da quebra verificada em relação a 2023, na casa dos 7%. O setor exportou 352 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 1364 mil toneladas de produto. A valorização do produto apresenta um ligeiro crescimento, face ao mesmo período de 2023, de 2,74 %, com registos de exportação para 111 países.
Continua a verificar-se uma retração no volume de negócio mundial, com menos 28 milhões de euros transacionados em relação ao acumulado de setembro de 2023. A Europa, apresenta valores de retração, de -10,22%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. Mesmo o mercado extra União Europeia apresenta uma retração de -9,51%, a que correspondem menos 9,9 milhões de euros transacionados. A leitura dos dados macro indica uma tendência negativa nos comportamentos dos diversos mercados globais, com fortes retrações na grande maioria dos 10 destinos cimeiros da pedra natural portuguesa. Há, no entanto, exceções, como são o caso da França, Vietname, Kuweit e Índia.
Apontam-se as seguintes notas:
• O mercado mundial teve uma retração, em volume de negócio, de -7,44%, com menos 28 milhões de euros em volume de negócio. Verifica-se também uma redução da quantidade de produto exportado de menos 150 mil toneladas, -9,91%, o que contribuiu para uma taxa de valorização do produto em 2,74% face ao mesmo período de 2023;
• Foram transacionados menos 18 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 88 mil toneladas de produto. O preço médio da tonelada de produto aumenta 1,52%;
• Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se também uma retração do volume de negócio de -5,74%, e um decréscimo de -9,51% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 4,17%;
• O comércio com países da EFTA registou um aumento de 192 mil euros, representando um crescimento de 3,11% em relação ao período homólogo do ano anterior. A quantidade de produto exportado regista um aumento de 7,06%, para a qual concorre um decréscimo do preço médio da tonelada em -3,69%;
• O comércio com os países da OPEP, regista também uma positiva de 2,39% (mais 529 mil euros), acompanhada por uma quebra na quantidade de produto exportado, com -4,81%. Estes dados são acompanhados de um aumento da valorização do preço médio da tonelada de produto de 7,57%;
• Em relação aos PALOP, regista-se uma diminuição do volume de negócio, de -9,61% (menos 286 mil euros), e uma quebra na quantidade de produto exportado de -17,31% (-1057 toneladas). Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 9,30%.
De uma forma geral, apesar de alguns mercados apresentarem dados bastante positivos, existe uma quebra generalizada nas exportações de pedra.
Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:
• França ocupa o 1º lugar como mercado destino, com uma variação positiva em todos os indicadores. Apresenta um crescimento de 7,55% (+ 5, 7 milhões de euros), face ao período homólogo de 2023, com mais 17 mil toneladas transacionadas (+5,93%). A valorização de produto cresce 1,53%;
• A China, mantém a 2ª posição, mas com valores negativos em quase todos os indicadores, com a exceção para a valorização do produto, que cresce 0,26%. Menos 6,4 milhões de euros em volume de negócio, quando comparado com o homólogo de 2023 (-11,76%). Foram comercializadas menos 50 mil toneladas de produto (-11,99%);
• Espanha, na 3ª posição, apresenta menos 4,4 milhões de euros em volume de negócio (-10,54%) e uma redução de -14,79% na quantidade de produto (menos 41 mil toneladas). Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 4,99%;
• Os Estados Unidos, ocupando a 4ª posição, apresentam uma quebra de -13,78%, a que correspondem menos 3,4 milhões de euros em volume de negócio. Foram transacionadas menos 1,6 mil toneladas de produto, com uma diminuição da valorização do produto de -3,61%;
• O Reino Unido mantém a 5ª posição, com, com uma diminuição -6,77% nas transações comerciais (menos 1,3 milhões de euros), acompanhado também por uma variação negativa de -9,00% nas quantidades de produto exportado (menos 4,4 mil toneladas). Aponta-se, no entanto, uma valorização do produto de 2,45%;
• A Alemanha sobe para o 6º lugar, mantendo os indicadores fortemente negativos. O volume de negócio, contrai -23,84%, com menos 5,2 milhões de euros transacionados. A quebra na quantidade de produto exportado acompanha a do volume de negócio, com menos -19,81% (menos 19,8 mil toneladas). A valorização do produto continua também a apresentar uma quebra relativamente acentuada de -5,03%;
• O Vietname cai para a 7ª posição, com um aumento no volume de negócio de mais 2,2 milhões de euros face ao mesmo período de 2023 (17,41%) e menos 2,5 mil toneladas de produto exportado (-17,70%). Este mercado continua a apresentar uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportada, com 42,66% de aumento;
• Das últimas 3 posições do top 10 de mercados, o Koweit e Índia destacam-se pela positiva, apresentando um crescimento de 55,10% e de 6,73%, respetivamente, em volume de negócio. A Suécia apresenta uma quebra bastante acentuada, com menos -27,54%.
O desempenho deste mês de setembro fica abaixo dos dados obtidos no homólogo de 2023, 2022 e 2021.
Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.