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Recursos Minerais de Portugal

INÍCIO DE SEGUNDO SEMESTRE APONTA RECUPERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE PEDRA NATURAL

Os dados provisórios do mês de julho de 2024, apontam para uma tendência de recuperação. O setor exportou 289 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 1121 mil toneladas de produto. A valorização do produto apresenta um ligeiro decréscimo, face ao mesmo período de 2023, de 2,77 %, com registos de exportação para 111 países.

Continua a verificar-se uma retração no volume de negócio mundial, com menos 20 milhões de euros transacionados em relação ao acumulado de julho de 2023. A Europa, apresenta valores de retração, de -10,16%, com alguns mercados a apresentar fortes variações negativas face ao mesmo período do ano passado. Mesmo o mercado extra União Europeia apresenta uma retração de -2,07%, a que correspondem menos 2,9 milhões de euros transacionados. A leitura dos dados macro indica uma tendência negativa nos comportamentos dos diversos mercados globais, com fortes retrações na grande maioria dos 10 destinos cimeiros da pedra natural portuguesa. Há, no entanto, exceções, como são o caso da França, Vietname, Kuweit e Índia.

Apontam-se as seguintes notas:

  • O mercado mundial teve uma retração, em volume de negócio, de -6,54%, com menos 20 milhões de euros em volume de negócio. Verifica-se também uma redução da quantidade de produto exportado de menos 112 mil toneladas, -9,06%, o que contribuiu para uma taxa de valorização do produto em 2,77% face ao mesmo período de 2023;
  • Foram transacionados menos 17 milhões de euros com países Intra União Europeia, com menos 81 mil toneladas de produto. O preço médio da tonelada de produto aumenta 1,49%;
  • Relativamente aos países Extra União Europeia, regista-se também uma retração do volume de negócio de -2,07%, e um decréscimo de -5,77% na quantidade de produto exportado. O preço médio por tonelada de produto, regista um crescimento de 3,93%;
  • O comércio com países da EFTA registou um aumento de 58 mil euros, representando um crescimento de 1,14% em relação ao período homólogo do ano anterior. A quantidade de produto exportado regista uma quebra de -5,88%, para a qual concorre um crescimento do preço médio da tonelada em 7,46%;
  • O comércio com os países da OPEP, regista também uma positiva de 4,59% (mais 831 mil euros), também acompanhada crescimento da quantidade de produto exportado, com 5,93%. Estes dados são acompanhados de um decréscimo na valorização do preço médio da tonelada de produto de -1,27%;
  • Em relação aos PALOP, regista-se uma diminuição do volume de negócio, de -20,71% (menos 549 mil euros), e uma quebra na quantidade de produto exportado de -27,34% (-1501 toneladas). Estas variações concorrem de forma positiva para um aumento do preço médio da tonelada, com um crescimento de 9,12%.

De uma forma geral, apesar de alguns mercados apresentarem dados bastante positivos, existe uma quebra generalizada nas exportações de pedra.

Destacam-se ainda algumas conclusões da análise dos dados relativos aos países cimeiros do ranking de mercados da pedra natural portuguesa:

  • França ocupa o 1º lugar como mercado destino, com uma variação positiva em praticamente todos os indicadores, à exceção da valorização do produto, a qual contrai -1,62%. Apresenta um crescimento de 7,09% (+ 4,47 milhões de euros), face ao período homólogo de 2023, com mais 20 mil toneladas transacionadas (+8,86%);
  • A China, mantém a 2ª posição, apresentando menos 2,4 milhões de euros em volume de negócio, quando comparado com o homólogo de 2023 (-5,97%). Foram comercializadas menos 18,6 mil toneladas de produto (-5,60%). Verifica-se um ligeiro crescimento do preço médio da tonelada de produto em 0,03%;
  • Espanha, que ocupa a 3ª posição, apresenta menos 3,87 milhões de euros em volume de negócio (-11,01%) e uma redução de -18,19% na quantidade de produto (menos 42 mil toneladas). Este mercado regista um acréscimo do preço por tonelada de produto de 8,78%;
  • Os Estados Unidos, ocupando a 4ª posição, apresentam uma quebra de -19,53%, a que correspondem menos 3,98 milhões de euros em volume de negócio. Foram transacionadas menos 2,4 mil toneladas de produto, com uma diminuição da valorização do produto de -1,38%;
  • O Reino Unido mantém a 5ª posição, com, com uma diminuição -10,72% nas transações comerciais (menos 1,8 milhões de euros), acompanhado também por uma variação negativa de -15,08% nas quantidades de produto exportado (menos 6,2 mil toneladas). Aponta-se, no entanto, uma valorização do produto de 5,13%;
  • O Vietname mantém a 6ª posição, com um aumento no volume de negócio de mais 3,2 milhões de euros face ao mesmo período de 2023 (30,00%) e menos 1,4 mil toneladas de produto exportado (1,68%). Este mercado continua a apresentar uma valorização do preço médio da tonelada de produto exportada, com 47,18% de aumento;
  • A Alemanha mantém o 7º lugar, mantendo os indicadores fortemente negativos. O volume de negócio, contrai -31,72%, com menos 5,6 milhões de euros transacionados. A quebra na quantidade de produto exportado acompanha a do volume de negócio, com menos -31,21% (menos 25,5 mil toneladas). A valorização do produto continua também a apresentar uma ligeira quebra de 0,73%;
  • Das últimas 3 posições do top 10 de mercados, o Koweit e Índia destacam-se pela positiva, apresentando um crescimento de 58,62% e de 10,08%, respetivamente, em volume de negócio. A Suécia apresenta uma quebra bastante acentuada, com menos -22,44% de volume de negócio (-1,9 milhões de euros).

Este foi o melhor desempenho do mês de julho, do período em análise (2018-2024).

Para mais detalhes, descarregue o Boletim Mensal da Estatística do Comércio internacional.