Assimagra

Recursos Minerais de Portugal

PRIMEIRA PEDRA

Projeto de Pesquisa Experimental

PROJETO N.º15107 (POCI-02-07-52-FEDER-015107)

APOIO NO ÂMBITO DO SISTEMA DE APOIO A AÇÕES COLETIVAS – INTERNACIONALIZAÇÃO

PROGRAMA OPERACIONAL: PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO

DESIGNAÇÃO DO PROJETO: PRIMEIRA PEDRA

VALOR DE INVESTIMENTO TOTAL: 1.453.713,60 €

DATA DE INÍCIO: 01-10-2015

DATA DE FIM: 2017-12-11

LOCALIZAÇÃO DO PROJETO (NUTS II): NORTE: 20,00%; CENTRO: 45,00%; ALENTEJO: 35,00%

SÍNTESE DO PROJETO

PRIMEIRA PEDRA é um programa de pesquisa experimental, de âmbito internacional, sobre as potencialidades de utilização da pedra portuguesa, alicerçado nas suas propriedades materiais e características distintivas.

Este programa nasceu da vontade de colocar a pedra portuguesa e a indústria que agrega, nos patamares mais competitivos do mercado internacional. Juntando forças entre a Assimagra e a experimentadesign foi desenhada a PRIMEIRA PEDRA, que obteve um financiamento através do Sistema de Apoio a Ações Coletivas – Internacionalização/Compete 2020 para a sua realização.

O programa concilia indústria e design através do desenvolvimento de novas aplicações da pedra portuguesa, sensibilizando para as suas especificidades e para a indústria que lhe está associada, num cluster que reúne mais de 1500 empresas, extractivas e transformadoras.

No centro da PRIMEIRA PEDRA estão diversos arquitetos e designers de produto ou gráficos, bem como outros protagonistas do território da criação cultural, nacionais e internacionais, convidados a desenvolver trabalhos que enfatizam não só o material em bruto e processado mas também o próprio local da sua extracção, as pedreiras, a sua envolvente sócio-cultural e o seu papel na paisagem e no ambiente.

Com uma duração de 18 meses, este programa baseia-se numa campanha de comunicação internacional que destaca as especificidades da pedra portuguesa, a sua indústria e os vários projectos de pesquisa que serão realizados.

Neste sentido, PRIMEIRA PEDRA integra 3 grandes dimensões de pesquisa e desenvolvimento – RESISTANCE, STILL MOTION e COMMON SENSE – que servirão de referencial para as apresentações internacionais em diversas ações de contacto com o grande público, no decorrer do projeto até final de Dezembro de 2017, em Veneza, Londres, Milão, Nova Iorque, Basileia e São Paulo.

O projeto Primeira Pedra contou, ainda,  com a realização de uma exposição no Museu dos Coches em Lisboa, uma apresentação performativa mixmedia, e engloba um conjunto de ferramentas de comunicação: um website abrangente sobre o tema da pedra portuguesa, três documentários sobre o processo de desenvolvimento dos vários projetos e a conceção de três aplicações para plataformas digitais móveis.

Percorra o projeto em www.primeirapedra.com e deslumbre-se com a capacidade do setor.

PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E APRESENTAÇÕES INTERNACIONAIS

No centro da PRIMEIRA PEDRA estão 3 projectos de pesquisa, cada um com a sua “pool” de criadores convidados e um briefing específico, e interligados entre si. Todos os projectos se dividem em duas fases de desenvolvimento distintas e, por isso, têm duas apresentações internacionais diferenciadas. Aqui serão expostas as ideias e propostas em torno das várias utilizações da pedra portuguesa, no contexto de eventos de grande impacto e divulgação na área cultural, seja de design ou arquitetura.

Resistance

Um grupo de 5 arquitetos internacionais – Amanda Levete (GB), Álvaro Siza (PT), Bijoy Jain (IN), ELEMENTAL (Alejandro Aravena, CL) e Mia Hägg (SE) – dá início à primeira fase deste projeto, trabalha-se a resistência de determinadas pedras portuguesas como factor diferenciador. O projecto faz também uma ligação à temática da 15ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, onde ocorre a sua primeira apresentação em Maio de 2016.

Depois da primeira apresentação em Veneza, durante a Bienal de 2016, a segunda fase de Resistance foi inaugurada em Weil em Rhein, na Alemanha, durante a Art Basel 2017. Para esta fase do projeto, que continua a explorar a resistência e o desempenho da pedra portuguesa, foram convidados mais 5 arquitetos: Eduardo Souto de Moura, João Luís Carrilho da Graça, Paulo David, Studio mk27 e Vladimir Djurovic, cujos trabalhos foram adicionados aos projetos apresentados em Veneza, utilizando outros tipos de pedra nacional com graus semelhantes de resistência técnica.

Apresentada num local de excepção – no jardim do VitraHaus no Vitra Campus, entre edifícios desenhados por Frank Gehry, Zaha Hadid, Herzog & De Meuron e Álvaro Siza – e durante a mais importante feira de arte do mundo – a exposição apresentou novas pesquisas, concepções e a produção de projetos inovadores que enriquecem o potencial de utilização desta matéria-prima. Cada uma das 11 peças de carácter urbano foram esculpidas em pedra portuguesa e produzidas pela indústria nacional.

VENEZA, MAIO 2016 (Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza)

BASILEIA, JUNHO 2017 (Art Basel)

STILL MOTION

Still Motion apresentou em Milão uma série de trabalhos originais concebidos por cinco estúdios internacionais de design gráfico e produzidos em pedra portuguesa – Ian Anderson, a dupla Sagmeister & Walsh, Jonathan Barnbrook, Jorge Silva e Pedro Falcão. Os trabalhos desenvolvidos exploram o potencial e a diversidade da pedra portuguesa, em particular a riqueza das suas características mais visuais, como textura e tonalidade, tendo em conta também o seu comportamento fisico-mecânico. Parte do desafio de experimentar e aplicar esta matéria, endereçado a uma área de projeto onde é pouco usual fazê-lo – o design gráfico. Tendo como base uma seleção de mármores e calcários portugueses, as peças originais resultantes apresentam cruzamentos de ideias muito diversas: desde a aplicação da pedra em painéis de sinalética, a uma utilização da matéria que apela a reminiscências históricas do seu uso como base para uma tipografia específica, ou a alusões mais questionadoras e políticas, que tocam o campo da arte.

Os designers apropriaram-se das técnicas de trabalho da pedra, das mais tradicionais às mais tecnológicas, aplicada às especificidades do design gráfico, como a técnica de embutidos em pedra com corte a jacto de água de alta precisão ou a da gravação feita com tecnologia laser. Os acabamentos aplicados à superfície de cada obra são também decisivos no aspeto da materialidade, dando texturas, cores, brilhos e reflexos muito diversificados.

Os 20 trabalhos originais produzidos estiveram expostos, pela primeira vez, na Triennale di Milano, um espaço incontornável da vida cultural italiana. A segunda apresentação, correspondente a uma nova fase de projeto, foi apresentada em Londres, durante o London Design Festival, durante o mês de Setembro de 2017, onde se juntou o artista e designer Peter Saville.

COMMON SENSE

Common Sense é uma exposição de design de produto, que trabalha sobre ideias de objectos e utensílios do quotidiano feitos em pedra portuguesa. Resulta de um processo de aprofundamento dos temas vindos da relação entre o design e os materiais naturais e o seu papel na sociedade contemporânea. O projeto apela a um raciocínio sobre a ideia de senso comum e de simplicidade, algo que às vezes se perde em tempos de grandes avanços tecnológicos e de complexidade formal e funcional.

Common Sense foi apresentada em São Paulo em dois locais: primeiro na famosa Casa de Vidro Lina Bo Bardi, com inauguração no dia 1 de Agosto, ficando aberta ao público de 3 a 27 de Agosto, e depois na feira de design MADE no Pavilhão da Bienal de São Paulo, de 9 a 13 de Agosto.

As peças Common Sense marcaram também presença na exposição SET IN STONE em Londres, durante o London Design Festival que teve lugar no The Design Museum, em Setembro de 2017, e em Nova Iorque, em Novembro de 2017, neste último caso, com um carácter muito exclusivo, no Soho na residência do casal Thea Westreich Wagner e Ethan Wagner, considerados dos mais importantes coleccionadores de arte norte-americanos.

SÃO PAULO, SETEMBRO 2017 (BIENAL São Paulo 2017)

NOVA IORQUE, NOVEMBRO 2017 (NYC Design Week)

LONDRES, SETEMBRO 2017 (London Design Festival)

AÇÕES EM PORTUGAL

30 Setembro- 29 Outubro, Museu Nacional dos Coches
Bienal EXD’17

Drawing in Stone apresentou os estudos feitos para os trabalhos do programa Primeira Pedra. Estes estudos tomaram a forma de desenhos que assumiram o foco central desta exposição.

Quer na área do design, quer na área da arquitetura, o desenho é, por regra, uma das primeiras ferramentas a ser utilizada na exploração de ideias e conceitos. Desenhar é um acto natural para os autores que operam na área da cultura de projeto e representa ele próprio uma forma de criação, alimentando todo o processo. Do desenho à materialização do mesmo, enquanto artefacto tridimensional utilizável pelo público, vão vários passos, que muitas das vezes alteram os primeiros esquissos, que voltam a ser redesenhados inúmeras vezes até estabilizarem sob a forma de desenho técnico, pronto a entrar em produção.

Esta exposição revelou numa primeira visão de conjunto a abordagem dos 23 autores convidados a explorar um material de fortes características identitárias, a pedra, através dos desenhos que produziram, sejam eles manuais ou digitais. Apresentou ainda as 19 pedras nacionais escolhidas pelos autores para a produção dos seus projectos, permitindo que o público tivesse um primeiro contacto com estas num formato não trabalhado, tal como um primeiro contacto com as obras já produzidas através, apenas, do desenho e da palavra.

INSIDE é uma obra audiovisual que ocupou 1.024 m2 da fachada do Museu Nacional dos Coches com videomapping. O sistema tecnológico utilizado criou um dispositivo narrativo imersivo e sensorial, com elementos visuais de geração em tempo real, desenho de som multicanal e vídeo.

Num espetáculo de cerca de 15 minutos, INSIDE conta uma história em 3 momentos, desenvolvendo uma narrativa que explora as diferentes fases da formação da pedra, a sua extração e transformação através do engenho humano e o uso resultante da genialidade do trabalho do homem.

INSIDE Faz parte do programa Primeira Pedra e integrou o a Bienal EXD’17, numa premiére na noite de 30 de Setembro de 2017.

Em parceria com a RTP, foram realizados três documentários sobre os diversos projetos do programa Primeira Pedra (Resistance, Still Motion, Common Sense), dando a conhecer as várias vertentes da vida da pedra portuguesa, desde a sua existência na natureza, à sua extração e por fim transformação, segundo ideias inovadoras e o desenvolvimento de projetos específicos. Os Documentários foram apresentados ao público no primeiro trimestre de 2018.

FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

www.primeirapedra.com

Este é um website (PT e EN) compreensivo e abrangente sobre o tema da pedra portuguesa. Constitui-se como uma ferramenta útil na pesquisa das potencialidades de aplicação prática do material. Apresenta não só documentação sobre as características mais técnicas da pedra e a sua ocorrência no território nacional, mas também conterá informação completa e atualizada sobre a indústria que lhe está associada. Este website acompanha ainda todos os desenvolvimentos do programa Primeira Pedra.

Durante o desenvolvimento da Primeira Pedra foram publicadas três aplicações gratuitas para plataformas digitais móveis como complemento funcional ao website, uma sobre os projectos de pesquisa, outra sobre a pedra portuguesa. Com um funcionamento mais apelativo na pesquisa, visualização e manipulação da informação, e por vezes mais lúdico, estas aplicações digitais permitem uma melhor comunicação sobre os conteúdos nos diálogos que incluem as diversas partes interessadas: indústria, projetistas e clientes.

ESTE É UM PROJETO DO CLUSTER DOS RECURSOS MINERAIS